O coreto da Praça James Fanstone, no coração de Anápolis, é mais do que uma simples estrutura arquitetônica. Ele guarda uma parte importante da história da cidade, sendo símbolo da cultura, da política e dos encontros comunitários que marcaram gerações.
Construído em uma época em que as praças eram o principal ponto de convivência dos anapolinos, o coreto serviu de palco para bandas marciais, grupos de seresta, eventos religiosos e discursos políticos acalorados. Em seus degraus, muitos episódios importantes foram vividos, em um tempo em que a vida pública da cidade se organizava ao redor desses espaços coletivos.
Ao longo das décadas, o coreto viu a cidade crescer ao seu redor. Com sua estrutura clássica, cercado por árvores e canteiros, tornou-se ponto de referência no centro histórico. Para muitos anapolinos mais antigos, é impossível passar por ali sem lembrar dos fins de tarde com apresentações musicais, das campanhas eleitorais marcadas por discursos inflamados e das celebrações que uniam a comunidade.

Foto: Reprodução
O espaço está inserido na Praça James Fanstone, que leva o nome do médico e missionário canadense responsável por grandes transformações na cidade, especialmente nas áreas de saúde e educação. Fundador do Hospital Evangélico Goiano, Fanstone é lembrado como uma das figuras mais influentes do desenvolvimento de Anápolis, e a praça batizada em sua homenagem reforça o valor simbólico do coreto.
Apesar das mudanças urbanas e da modernização do entorno, o coreto permanece firme, como testemunha de um tempo em que a vida comunitária pulsava forte nas praças.
Reformas ajudaram a preservar sua estrutura ao longo dos anos, e há um movimento crescente de valorização do espaço, com propostas de uso cultural e artístico que devolvam ao coreto o protagonismo que já teve no passado. A proposta é que ele volte a ser palco de apresentações, encontros e eventos que celebrem a identidade anapolina.
Visitar o coreto da Praça James Fanstone é, portanto, um mergulho na memória da cidade. É reencontrar a alma de um tempo em que os encontros presenciais moldavam a vida pública e em que a praça era, verdadeiramente, o coração de Anápolis.
